O ser humano vive, em média, 70, 80 anos. Vive? Nem sempre. Digamos que grande parte sobrevive, um dia após o outro, como se carregasse um grande fardo.
Quase metade da população mundial, aproximadamente 3,4 bilhões de pessoas, luta para satisfazer as necessidades básicas.
Matar um leão por dia se tornou rotina num mundo onde só importa o que você tem, e não o que você é…
Mulheres bonitas morrendo por almejar uma perfeição corporal impossível de se alcançar. Silicones e lipoaspirações em corpos sem consciências.
O amor deu lugar ao sexo sem envolvimento, sem sentimento; os encontros patrocinados por aplicativos não preenchem os anseios das almas.
Quem, em sã consciência, pode achar que esse era o plano de Deus para a humanidade?
Como podem tantos seres humanos achar normal que a vida se resuma a isso?
Errar é humano…sim, mas os erros têm um propósito: aprender com eles, e não repeti-los como se a natureza humana se resumisse a isso.
Viver, respirar, ouvir, falar, ver, pensar, são dons divinos. E se esquecer disso talvez seja o pior dos erros que uma pessoa possa cometer; lembrarmos disso quando a doença ou a morte batem à nossa porta, é só mais um erro.
Há quem diga que a Terra é um planeta-prisão. Quem de vocês já viu uma prisão cheia de maravilhas e beleza?
A Mãe Terra é um espírito vivo, que nos dá tudo o que precisamos para viver, e viver plenamente.
Não foi a Mãe Terra que loteou, murou, delimitou, restringiu seus domínios, foi o homem.
Não foi a Mãe Terra que cobrou pelo uso da água ou da energia que ela gera, foi o homem.
Não foi a Mãe Terra que dividiu o mundo em países, com fronteiras, e separou as pessoas pela raça, foi o homem.
Pai Benedito de Aruanda, através da literatura do saudoso Pai Rubens Saraceni, ensina que vivenciar a dualidade do plano material é uma das formas mais efetivas de evoluir, por isso estamos aqui.
Escolhemos viver o bem e o mal, a luz e a escuridão, a fraqueza e a força, o amor e o ódio, escolhemos estar aqui.
Estamos aqui para escolher, e aprender com os resultados e consequências de nossas escolhas.
Não existem inocentes, somos todos aprendizes. Mas devemos nos sentir infinitamente gratos por podermos viver essas experiências num mundo tão lindo e encantador.
Vejo que o Arquiteto Divino planejou tudo com tanto amor e cuidado, que eu passaria a eternidade voltando a encarnar aqui, com a certeza de que me encantaria para sempre.
Não estamos presos, estamos onde escolhemos estar.
O problema é que correr atrás de satisfazer as necessidades básicas se tornou o objetivo de vida da esmagadora maioria.
A alma, a centelha, nossa divindade interna e pessoal, aguarda silenciosamente que nossa consciência finalmente se abra e reconheça o que realmente somos: seres divinos.
Nós viemos da perfeição. Somos filhos Daquele que conhece cada estrela pelo nome.
Fomos emanados de um Ser que traz em si todos os dons, e o maior deles é o amor.
Nos relegamos a meros mortais, quando na verdade nossa passagem por aqui é apenas uma das infinitas experiências que vivemos enquanto seres em evolução.
Não aceite sobrevier, viva, experimente, escolha, aprenda, evolua, ascensione, você veio para isso.
Não importa a condição que um ser humano esteja neste momento – somos todos divinos, filhos do mesmo pai, e devemos resgatar este sentimento dentro de cada um de nós.

Não! Não viemos aqui para sofrer, viemos para crescer, Axé!

Terreiro de Umbanda
Pai Oxóssi, Caboclo 7 Flechas
e Mestre Zé Pilintra
Críticas e sugestões:
t.u.paioxossi@hotmail.com
Fone: (011) 96375-7587

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