O ano de 2019 acabou, e 2020 será igual a 2019 e a todos os outros. Vai chegar a época do Natal, as pessoas terão alguns dias de sorrisos e solidariedade.
Logo vem o réveillon, e tudo volta ao normal. Os mendigos voltarão a ser invisíveis, a solidariedade guardada para ser usada no próximo Natal, vida que segue.
O país está de ponta cabeça, o destino incerto. Culpa só do governo? Cada político está onde está porque foi escolhido por nós.

No país do “jeitinho”, as filas não são respeitadas nem nos eventos religiosos. Umbandista que não tem educação depõe contra a religião.

Vamos na praia no ano-novo, saudar Iemanjá, e vamos deixar de “presente” barcos de isopor, velas, rosas com espinhos e bastante garrafas quebradas, para que todos vejam o quanto “amamos” a natureza.

Diz a lenda, que logo no princípio do mundo, Iemanjá já teve motivos para desgostar da humanidade. Pois desde cedo os homens e as mulheres jogavam no mar tudo o que a eles não servia.

Os seres humanos sujavam suas águas com lixo, com tudo o que não mais prestava, velho ou estragado.

Até mesmo cuspiam em Iemanjá, quando não faziam coisa muito pior.

Iemanjá foi queixar-se a Olodumare, assim não dava para continuar.

Iemanjá Sessu vivia suja, sua casa estava sempre cheia de porcarias.

Olodumare ouviu seus reclamos e deu-lhe o dom de devolver à praia tudo o que os humanos jogassem de ruim em suas águas. Desde então as ondas surgiram no mar. As ondas trazem para a terra o que não é do mar.

Pense na seguinte situação: sua casa é linda, muito bem arrumada e cheirosa. Você recebe visitas que não convidou. Sob a alegação que vieram para te homenagear, deixam sua casa cheia de lixo e vão embora…você iria gostar?

Isso vale para as cachoeiras, rios, lagos, pedreiras, matas, para todos os pontos de força.

O problema são os governantes? Não, o problema somos nós.

As soluções estão com os governantes? Não, estão em nós.

Todo mundo quer incorporar Orixá, fazer performance, ter entidades “poderosas”, com nomes famosos, tudo bobagem diante do que realmente importa: seu verdadeiro eu. Aquilo que você é quando acaba o culto, o sermão, a gira, isso é o que importa.

Impossível evoluir de fora para dentro. A alquimia só acontece de dentro para fora. Se não te tornar um ser humano melhor, todas as religiões são inúteis.

Acham que as ondas do mar têm esse nome por acaso? Acham que as ondas vibratórias também não vão devolver todo o lixo mental que foi enviado para o universo?

Nada ficará impune, pois por mais que muitas injustiças sejam cometidas aqui, neste planeta, eu nunca vi alguém plantar laranja e colher melancia…

E não tenham a ilusão de que “enviar luz de longe” te torna bom. Existe uma guerra acontecendo neste exato momento.

Nossos amados guardiões lutando contra forças que querem nos destruir, dominar o planeta e trazer as sombras definitivamente para a Terra.

Temos que nos posicionar, lutar com eles, para que saibam que não estão sozinhos.

Não adianta fingir que o problema não é seu, porque é. Não adianta ignorar o que está acontecendo, pois os problemas não vão desaparecer por encanto.

Quer ajudar? Seja íntegro, firme, não seja mais um problema para os seus guardiões resolverem. Faça suas firmezas, e os magos abram suas mandalas.

Agradeçam todos os dias por todo o amparo que a Umbanda dá a cada um de vocês, seja por qual linha for. Vocês não imaginam quantos guias lutam por vocês, guias esses que talvez vocês nunca cheguem a saber.

Tenha consciência, pratique a Umbanda com sabedoria, de modo que não achem que somos um bando de mal-educados e arruaceiros.

Quando partirmos daqui, o véu será retirado, e além de nossas ações, tudo o que poderíamos ter feito mas não fizemos também será considerado.

Os anos serão sempre iguais enquanto não formos diferentes, Axé!

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