No mês de maio homenageamos os PRETOS VELHOS:
NOSSOS QUERIDOS PSICÓLOGOS,
NOSSOS AVOZINHOS E AVOZINHAS
ACOLHEDORES E CONSELHEIROS.

Os pretos velhos fazem parte da importante tríade umbandista:

Preto-Velho / Caboclo / Criança estando portanto entre as mais importantes entidades da religião umbandista.

Uma vida de injustiças

Os Pretos-Velhos são espíritos dos negros escravizados que, apesar da dureza com que foram tratados, conseguiram sobreviver até a velhice, acumulando, portanto, muita sabedoria através de seu conhecimento intuitivo, ou seja, aquele que é subjetivo, baseado na leitura do mundo exterior e das atitudes interpessoais. Além do uso de ervas, único meio pelo qual poderiam se curar de doenças e ferimentos provocados pelas chicotadas, entre outros. Porém, apesar da abolição (cuja data foi escolhida pela Princesa Isabel por ser a data do aniversário de seu bisavô Dom João VI), os negros continuaram servindo aos brancos, pois não lhes restava outra coisa a fazer, além de vagarem pelas ruas sem rumo, sem alimentos e sem nenhum pertence, sofrendo todo tipo de preconceito do branco.

Nasce uma religião

A partir de 1908 com a criação de uma nova religião pelo Caboclo das Sete Encruzilhadas, os Pretos-Velhos puderam, finalmente, ter o reconhecimento e a reverência das quais eram merecedores. A existência de um local sagrado onde pudessem se manifestar, contar suas histórias, acolher, curar e abençoar seus consulentes era o que necessitavam para receber toda admiração e respeito que merecem.

Uma missão recebida

Ainda adolescente, Pai Ronaldo foi surpreendido com a manifestação de uma entidade dizendo que ele seria seu cavalo. Atônito, saiu correndo do local assustando e desorientado. Porém poucos anos depois a profecia se concretizaria e Pai Benedito de Aruanda utilizaria o seu corpo e de sua voz para continuar a missão que havia recebido.

Nos anos de 1960 Pai Ronaldo, bem antes de conhecer Pai Zélio Fernandino de Moraes, em seus estudos sobre a Umbanda nomeou de Casa de Pai Benedito de Aruanda a edícula que servia para os encontros, aprendizagem e sessões religiosas, pois essa entidade era a viga mestra de tudo o que acontecia ali.

 

Com a criação da Federação Umbandista do Grande ABC e seu desenvolvimento, foi assentada a pedra fundamental do Templo-sede da FUGABC. Numa manhã ensolarada de domingo na cidade de São Caetano do Sul no ABC paulista, uma comemoração com fogos de artifício diante de autoridades, filiados e alunos anunciava aos visinhos e moradores dos arredores que, a partir daquela data, nascia ali a CASA DE PAI BENEDITO DE ARUANDA, o templo-sede da FUGABC. Sob a orientação e proteção de Pai Benedito, a Casa seria destinada a fazer o bem a quem ali recorresse.

 

Já por volta dos anos 1980, com a administração e controle do Santuário Nacional da Umbanda, Pai Ronaldo escolheu ali um local especial para fazer a Casinha dos Pretos-Velhos para homenageá-los e organizou uma tenda para abrigar a Casa de Pai Benedito, que seria utilizado para as práticas religiosas do templo pelos médiuns e alunos dos Cursos de Formação Sacerdotal.

Uma mensagem de Pai Benedito

No dia 01 de maio de 2011, A Casa de Pai Benedito, já sob a direção da Babá Dirce Paludetti Fogo, fez uma festa em homenagem a Ogum no Santuário da Umbanda. O padrinho da CPB Pai Benedito incorporou em Pai Ronaldo e falou aos seus filhos de fé:

 

– “A melhor religião do mundo é a bondade. A fé é como escalar montanhas. Sejamos persistentes, mas só quando alcançarmos o pico é que entenderemos como vale a pena. É quando nos sentimos mais pertos de Deus.”

Saravá aos Pretos Velhos. Adorei as almas!!!

 

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