O casamento é a celebração de um pacto de amor, ou podemos dizer, uma união voluntária de duas pessoas, nas condições sancionadas pelo direito, de modo que se estabeleça uma família legítima.

E quando o casamento é feito na sua fé, na sua religião, qual o sentimento, qual a intenção?

No dia 02 de junho de 2018, no Espaço Vila Borghese, Jardim Tremembé, em São Paulo, aconteceu o casamento de Lídia Sanches e Diogo Mazzuco. Um casamento religioso na fé da Umbanda.

Esta foi a 10ª cerimônia que o terreiro de umbanda “Ogum Guerreiro e Caboclo Sete Lua” celebrou.

O dia foi providencial. A temperatura estava agradável e tinha um céu de brigadeiro. Como a cerimônia foi em um espaço completamente aberto, tudo ajudou para o dia mais importante da vida de Lídia e Diogo.

Ao som dos atabaques as vozes de Simone Felix Sanches e Tiago Sanches, ambos filhos da casa,  entoavam as louvações aos Orixás e faziam a pré-abertura do ritual de núpcias e contagiava a todos os presentes.

Como manda o figurino, tanto os padrinhos, como os irmãos estavam de branco e com a guia de Oxalá ao peito. Já as madrinhas homenagearam as cores que representavam os santos dos noivos.

Durante o casamento foram várias as emoções. O cortejo com a entrada do noivo, padrinhos e parentes dos noivos já previa que seria um lindo acontecimento.

O protocolo da celebração começou com a “Prece de Caritas” declamada por Sheila Meli, irmã e médium do terreiro.

Um dos pontos marcantes foi a entrada da florista, avó da noiva, Maria Sanches, que provocou grande comoção em todos os presentes.

O ápice foi a entrada da noiva, acompanhada de seu pai, o Babá da casa, Pai Walter de Ogum, onde trouxe muita emoção ao casamento.Esplendorosa, como uma noiva deve ser, levou várias pessoas as lágrimas.

O matrimônio foi conduzido com total maestria pelo marinheiro Sr. “Zé do Mar”. Um orixá da marinha que espetacularmente teve o êxito, mais uma vez, de trazer ao mais alto patamar um ritual de casamento na Umbanda.

Para selar a união, a troca das alianças. A responsável pela entrada das alianças foi a tia da noiva, Sandra Sanches.

Dentro da religião da Umbanda existem rituais e preceitos em uma cerimônia de casamento. O primeiro foram as coroas. A jovem irmã da noiva, Yasmin Sanches, foi a encarregada de levar as coroas. As coroas simbolizam os caminhos da nova vida, caminhos abertos banhados com flores e com o perfume da vida. As coroas foram entregues ao Sr. Zé do Mar que as colocou na cabeça dos noivos.

O segundo ritual dentro da religião, talvez o mais importante, é a entrada dos pombos. Izabela Moraes e Patricia Felício, filhas da casa, foram incumbidas de entrarem com os pombos. Eles são entregues aos noivos que são soltos logo após. Os pombos simbolizam o divino espírito santo, abençoando a união.

Depois de terminado a cerimônia, um último ritual é realizado nos preceitos da Umbanda. É ritual do peixe. O casal saboreia um peixe. O peixe simboliza a fartura material e espiritual que é rogado presente na vida do casal.

Diante destes vários dogmas religiosos, a cerimônia dentro da fé da Umbanda diz que o compromisso assumido aqui na terra seja registrado no plano espiritual, ou seja, unindo os espíritos pera lei do Pai Maior.

O terreiro de Umbanda “Ogum Guerreiro e Caboclo Sete Lua” contou com a mobilização de todos os seus filhos em mais uma bela celebração de casamento nas leis da sagrada Umbanda.

Sarava Umbanda.

 

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