Salve Sagrados Irmãozinhos em Jurema.

Salve Sagradas Forças Vegetais.

Com bênçãos e licença dos Divinos Orixás, temos falado das ervas com objetivo e simplicidade, para que a compreensão desse conhecimento possa ser útil na prática a todos que de coração aberto aceitam (o conhecimento). Não como imposição, mas como sugestão, para abrir em seu espírito as portas que foram fechadas a muito tempo, pelo abstracionismo, pela desmotivação às práticas naturais -as perseguições, preconceitos, ou a própria aceitação social.

Nós umbandistas estamos acostumados às práticas de terreiro e as obrigações e preceitos fora dele, não temos problema nenhum em preparar e tomar banhos de ervas, defumar nossas casas, de nossos familiares e amigos, locais de trabalho. No entanto, até mesmo por termos desenvolvido em nós o senso de respeito pelo ser humano e tolerância religiosa, evitamos por exemplo defumar de forma “calorosa” um apartamento para que não incomode outros moradores do prédio. Muitas pessoas têm um cuidado excessivo (pra não dizer vergonha), e acabam comprometendo a qualidade do trabalho.

Precisamos nos colocar como religiosos que somos, de forma que nossas práticas, limpas, justas, licitas, sejam respeitadas.

Convivemos com irmãos de outras religiões que praticam seu jejum, suas orações antes das refeições, suas reverências e referências bíblicas, e muitos de nós tem vergonha de usar uma guia ou um colar, consagrado a um Poder Maior, imanado do Criador Olorum, manifestado na SUA religião de Umbanda como o Orixá e, portanto, um Acorde da Grande Sinfonia Divina. Sendo essa situação comum entre os umbandistas praticantes, o que diríamos em relação aos simpatizantes, aqueles que vão aos terreiros tomar seus passes e fazer suas consultas com os guias incorporados?

Se não forem devidamente orientados quanto aos procedimentos que levam como “lição de casa” e mesmo sem a recomendação de uma entidade, os que parcialmente conhecem as práticas e intuitivamente tentam faze-las enfim sem orientação, correm o risco de se desmotivarem ou serem admoestados por essa prática.

Não tenha vergonha de ser umbandista. Use suas guias e colares com orgulho de ser quem é! Alguns carregam seus livros sagrados embaixo do braço como marca registrada de sua religiosidade, nós usamos elementos naturais, e seguimos o único livro escrito pelo Criador: A NATUREZA.

Quero dar alguns exemplos de sementes sagradas, usadas tradicionalmente em colares dentro da religião, lembrar que invariavelmente vemos o modismo se servir de elementos sagrados, é claro que sem a devida magnetização esses elementos serão apenas adorno, enfeite ou adereços de moda.

Você tanto pode montar seus colares como adquiri-los prontos, de qualquer forma, de bom uso a eles consagrando-os na força dos Orixás. Dê esses elementos na mão de seus guias incorporados e peçam que eles os cruzem e imantem para sua proteção.

Vamos a alguns exemplos clássicos:

Olho de Boi – cor castanho claro e escuro, associado a Oxóssi, Iansã e Oxalá, proporciona saúde, vigor físico, recuperação energética, cura de energias doentes, magnetiza a cura espiritual e material.

Muito usada nas guias de Boiadeiros, Baianos e alguns Caboclos.

Olho de Cabra – cor preto e vermelho. É um bloqueador de energias agressivas, envolve e imanta como uma capa protetora que fulmina tudo o que tentar ultrapassa-la, e que não atenda aos propósitos da sua consagração. Pode ser consagrado às forças da direita e da esquerda. Exu, Baianos, Caboclos e Pretos Velhos se servem da força dessa semente em seus trabalhos.

Coquinho – cor castanho claro e escuro. Elemento primordial nas guias de Baianos. São transportadores de energias (de abertura de portais a passagens no tempo), esfria e coagula vibrações enfermiças, dispersa cargas densas acumuladas nos chacras – energia cristalina, dá movimento e mobilidade às ações, também criam campos de retorno

energético.

Prestem bastante atenção no trabalho dos guias de umbanda, que pedem seus colares de sementes grandes o suficiente para passarem em torno dos consulentes. Alguns dispõem esses colares no chão, ou em cima de pedras abertos de forma circular, com velas acesas no meio, e criam poderosíssimos campos de realização dentro das suas esferas de trabalho às quais foram consagrados.

E isso turminha, próximo mês tem mais!

Muita saúde, sucesso e poder realizador a todos!

Muito obrigado!

Adriano Camargo Erveiro

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